sábado, 13 de novembro de 2010

DISLEXIA



A dislexia é um distúrbio fonológico, na área da linguagem, uma imagem mental que o som tem e envolve rapidez e precisão no acesso ao léxico mental, na memória de trabalho fonológica e na consciência fonológica. A criança disléxica apresenta sérias dificuldades com a identificação dos símbolos gráficos no início da sua alfabetização, o que acarreta fracasso em outras áreas que dependem da leitura e da escrita. As principais dificuldades são a demora a aprender a falar; a fazer um laço; a reconhecer as horas; ao ato de pegar e chutar a bola; a pular corda; a escrever números e letras correspondentes; a ordenar as letras do alfabeto, os meses do ano e as sílabas de palavras compridas; a distinguir esquerda e direita; à dificuldade ao pronunciar palavras longas e a planejar e fazer redação.
Não se pode deixar de considerar que a criança disléxica é inteligente, mas que, por outro lado, fica angustiada devido à cobrança e, para dar conta, começa a querer adivinhar, tentando fazer uma compensação, como normalmente o indivíduo procura fazer em suas dificuldades.
Há, pelo menos, três tipos diferentes e observáveis de dislexia: fonética ou fonológica, diseidética ou visual e mista. De acordo com a maioria dos estudos, a dislexia fonética ou fonológica é representativamente a mais diagnosticada (Boder, 1973 apud Ciasca & Moura-Ribeiro, 2006).
Diante desse quadro, apesar da dislexia denotar disfunções de áreas corticais específicas, a primeira etapa a ser trabalhada durante o trabalho terapêutico é o estimulo da auto-estima. Visto que a dislexia representa uma interação entre a genética e o que é adquirido pela influência do ambiente, pois reflete a privação ambiental, os danos no sistema nervoso pós-natal, a oportunidade educacional inadequada, entre outros.
Neste caso, cabe destacar a importância da auto-estima, pois é uma sensibilidade desenvolvida na família e na escola, que tem a necessidade de um ambiente socializante para ser desenvolvida. Paralelamente, tem no autoconhecimento a fonte para seu aprimoramento. Com o aumento da auto-estima coadjuvando com o trabalho da fonoaudiologia, a criança passa obter a fluência da leitura, sendo a escrita a última etapa do trabalho.
Como todos os problemas de saúde mental que envolvem as dificuldades de aprendizagem, é fundamental que o parecer clínico e psiquiátrico seja precoce para que sejam descartadas as alterações visuais, auditivas e de retardo mental. Sendo assim, o próximo passo envolve uma avaliação fonoaudiológica que poderá realizar o diagnóstico com precisão.
A evolução do tratamento é fruto da interação dos programas fonoaudiológicos associados à psicoeducação, que envolve a família e a escola. Como por exemplo, introduzindo modificações concretas e dando condições de estimulação e apoio no cotidiano do indivíduo disléxico.

FONOAUDIÓLOGA SONIA MOREIRA (2423-5651)

3 comentários:

Anônimo disse...

Sonia é uma excelente profissional e realiza sua função com muito amor. Ela é uma grande amiga e eu, psicóloga Ângela, a recomendo.

rose@parisessencias.com.br disse...

Tenho um filho de 15 anos - diagnosticado quando tinha 9 anos pela ABD com dislexia severa - ate hoje ele faz terapia com fonoaudiologa da ABD - hoje le livros super complexos, nunca repetiu nenhuma serie, faz curso de ingles, de jujitsu, natacao e pensa em fazer engenharia quimica em universidade publica. Ele vai conseguir!!! a familia empenhada sempre - esse e o segredo!

Ângela Marques disse...

Rose, seu depoimento ajudará muito as pessoas que seguem o meu blog. Um bjinho para o seu filho vitorioso.