sábado, 13 de novembro de 2010

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM OU DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM?

Segundo Gimenez (2005), quando se estudam as dificuldades decorrentes do processo ensino-aprendizagem, contata-se a necessidade de compreender como os autores da literatura específica abordam o tema e registram as nomenclaturas em suas pesquisas.
Por essa razão, considera-se importante apresentar as diferentes nomenclaturas utilizadas pelos teóricos para mencionar o aluno que apresenta dificuldade de aprender. Uma vez que estas se mostram muito confusas e contraditórias.
A contradição entre as nomenclaturas também tem a ver com a própria evolução dos conceitos em relação ao processo mental (à inteligência), com a neurociência e a chegada da neuroimagem. Com essa evolução, surge um novo olhar sobre um mesmo problema.
Observa-se que, com a evolução da medicina e um novo olhar da educação, tornou-se possível verificar, por meio da neuroimagem, que a inteligência não é apenas um dado quantitativo. O que se confirma justamente pelo processo mental ser dinâmico. E, com isso, essa nova visão contribui para verificar a plasticidade da mente humana.
A partir de uma revisão na literatura específica sobre o tema, foram encontrados diversos termos utilizados pelos autores estudados, como: dificuldades de (ou na) aprendizagem, dificuldades escolares, problemas de (ou na) aprendizagem, distúrbios de aprendizagem e transtornos de aprendizagem. Assim, pode-se constatar que não há consenso entre a definição e a compreensão dos termos encontrados, apesar do assunto ser muito discutido e estudado entre os especialistas da área.
Como já observado, os termos citados acima são muitas vezes empregados inadequadamente. E na tentativa de uniformizá-los para permitir uma melhor comunicação entre os profissionais que atuam na área da aprendizagem e, assim, minimizar possíveis confusões, é necessário estabelecer o que cada um representa e também suas especificidades.

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